quarta-feira, 6 de junho de 2012

Casos Policiais Misteriosos ( parte 3 )

Quando se trata de ESTÓRIA policial, percebemos que o índice de solução é de quase 100%.
Mas na vida real não é bem assim que acontece, né?

Alguns desses casos tornaram-se famosos em função da importância dos envolvidos ou da comoção popular que provocaram. Muitos deles acabaram inspirando os enredos de boas obras literárias e cinematográficas.

Separei alguns casos interessantes e irei postando aos poucos, para não tornar cansativo.

Vamos ao terceiro caso:

                                 O Caso Madeleine

Em maio de 2007 a família britânica McCann passava férias em Portugal.
Na noite do dia 3 o que era para ser uma viagem dos sonhos transformou-se em pesadelo.
A filha do casal, Madeleine, de quatro anos de idade, teria desaparecido de dentro do hotel onde estavam hospedados, enquanto os pais jantavam no restaurante.
Primeiro suspeitou-se de sequestro o que levou a uma imensa campanha e ao interrogatório de quase 150 pessoas, mas a seguir a polícia portuguesa passou a desconfiar dos pais da menina e os acusou por ocultação de cadáver, após uma possível morte acidental da menina.
No entanto, depois de 14 meses de investigação a acusação contra os pais de Madeleine acabou arquivada por falta de evidências segundo a Justiça portuguesa.
O casal McCann continua com esperanças de encontrar a menina e mantém uma campanha para localizá-la, inclusive com a divulgação de retratos falados de seus possíveis sequestradores.



Acompanhe outros casos: Casos Policiais Misteriosos

Piadas (7)

No manicômio...

O dentista do hospício atende um interno que havia extraído um dente na véspera:
- E então? O seu dente parou de doer?
- Sei lá! O senhor ficou com ele!





Anão no metrô:

Num vagão de metrô, um anão começou a escorregar pelo banco. Solidário, um passageiro o recolocou na posição.
Pouco depois, lá ia o anão escorregando e o mesmo passageiro o recolou no assento.
Quando a situação se repetiu pela quinta vez, o homem, já irritado, esbravejou:
- Será que você não consegue ficar sentado direito, porra?
O anãozinho, puto, respondeu:
- Meu amigo, faz umas cinco estações que estou tentando desembarcar e o senhor não deixa!





É pra isso sim!

Um dia Joãozinho estava pegando um remédio, quando sua mãe chega:
- O que é isso, meu filho?
- Estou pegando o viagra mamãe.
- Por quê? Isso aí não é coisa de criança.
- É que eu tô com muita dor de barriga.
- Mas isso não é para dor de barriga.
- É sim mãe, eu ouvi você falando para o pai ontem à noite, toma esse remédio para ver se essa bosta endurece!!!!





Sogra suicida:

O cara fala ao telefone:
- Por favor me ajude, minha sogra quer se atirar pela janela!
- Enganou-se de número. Aqui é uma carpintaria.
- Eu sei, é que a janela não abre nem fudendo!





A Loira...

O guarda de trânsito pára a loira que estava trafegando na contra-mão e pergunta:
- Posso saber aonde a senhorita está indo?
E a loira:
- Ah, seu guarda, eu ia mas acho que nem vou mais… tá todo mundo voltando!



Veja mais: Piadas

Casos Policiais Misteriosos ( Parte 2 )

Quando se trata de ESTÓRIA policial, percebemos que o índice de solução é de quase 100%.
Mas na vida real não é bem assim que acontece, né?

Alguns desses casos tornaram-se famosos em função da importância dos envolvidos ou da comoção popular que provocaram. Muitos deles acabaram inspirando os enredos de boas obras literárias e cinematográficas.

Separei alguns casos interessantes e irei postando aos poucos, para não tornar cansativo.

Vamos ao segundo caso:

                                               O Caso da Rua Cuba



Na véspera do Natal de 1988, o casal Maria Cecília e Jorge Toufic Bouchabki foram assassinados no interior de sua residência, localizada no número 109 da Rua Cuba, em um dos bairros mais ricos de São Paulo.
Sem encontrar sinais de arrombamento na casa e sem achar a arma do crime, os investigadores suspeitaram que o assassinato poderia ter sido cometido pelo filho mais velho do casal: Jorge Delmanto Bouchabki, que tinha então 19 anos.



No entanto, a polícia e a promotoria não reuniram provas consistentes contra ele, segundo a análise do juiz encarregado, e o caso foi arquivado em 1991.
Dez anos após os crimes, logo depois da prescrição do caso, uma das empregadas da família na época da tragédia mudou o seu depoimento para os promotores. Inicialmente ela havia falado que o relacionamento familiar era harmonioso, mas uma década depois relatou à Promotoria que na véspera do crime houve uma discussão entre Jorginho e a mãe por conta da namorada do rapaz.
Segundo a empregada, a discussão teria terminado com a mãe agredindo o filho com um taco de sinuca e ele gritando que ela iria se arrepender por ter batido nele.
A empregada não revelou porque resolveu mudar seu depoimento e até hoje o mistério do assassinato dos Bouchabki não foi desvendado.
O crime da Rua Cuba permanece obscuro e com a prescrição do caso será difícil um dia sabermos quem o cometeu.

Acompanhe outros casos : Casos Policiais Misteriosos

terça-feira, 5 de junho de 2012

Surrealismo























Veja também : Criatividade

Os Sobreviventes dos Andes

Muitos se lembram desse desastre aéreo que por suas conseqüências chocou o mundo inteiro.

Vamos conhecer mais detalhes dessa tragédia bizarra!

Confira o relato de dois sobreviventes que foram resgatados pelo Exército Chileno em 23/12/1972, chegaram de volta a Montevideo em 28/12/1972, como heróis nacionais.

Mas depois que confessaram ter comido carne humana dos colegas mortos, muita gente se escandalizou e passou a vê-los como vilões.

Alvaro e José estiveram num congresso em Bento Gonçalves há alguns anos e fizeram uma palestra contando como foram aqueles dias que passaram entre a vida e a morte no meio de cadáveres congelados e da neve na Cordilheira dos Andes.

Acompanhem:

O avião saiu de Montevideu e fez escala em Mendoza porque o tempo estava ruim pra atravessar a Cordilheira dos Andes. Era o dia 12/10/1972.

Nosso resgate e a nossa sobrevivência foi um trabalho de equipe. Tivemos atitude. Saímos vivos depois que concluimos que a coisa dependia de nós".

No avião iam 45 pessoas . " Iamos a Santiago jogar uma partida de rugby (futebol norte-americano), diz José que tinha 24 anos em 1972 . Na época desta palestra, estava com 58 anos.

Ao meio-dia do dia 13/10/1972 eles foram levados ao aeroporto de Mendoza e a tripulação do avião não queria partir, conta José. A pressão dos jovens sobre a tripulação (todos militares dos quais não houve nenhum sobrevivente) foi muito grande. " Ustedes são unos maricones" ( vocês são uns bichas) diziam os jovens aos pilotos que estavam com medo de atravessar a Cordilheira dos Andes por causa do mau tempo.

Como naqueles tempos o Chile vivia uma crise sem tamanho no governo socialista de Salvador Allende, o avião dos uruguaios levava muito mantimento (o que foi uma grande sorte para sobreviver aos dias seguintes ).

José relata que dentro do avião depois que ele decolou estava tudo tranquilo e os alunos do time de rugby iam se divertindo, jogando " la pelota", prá cá e prá lá dentro da aeronave." Nem dávamos bola pra o que acontecia do lado de fora..."...

Os passageiros receberam o aviso dentro da aeronave de "apertar cintos" mas segundo José Inciarte, um dos sobreviventes, "ninguém fez caso". Quando o avião - um bimotor Focker-27 - entrou nas nuvens os pilotos (militares) insistiram com os passageiros " sentem-se".

- O avião caiu num primeiro 'buraco' . Foi uma queda braba, brusca, conta José Inciarte. ( Ele teria entrado num 'buraco' de ar quente).

Os jovens puderam ouvir gritos na cabine do avião: - Dá-lhe potência! dá-lhe potência!!! Eram, segundo José, gritos quase que de desespero.

Houve então, conforme José Inciarte, uma 'segunda' queda mas esta bem mais forte . muito maior.
Ele relata:

- Das janelas não se via mais nada do lado de fora, uma escuridão total.

Um olha pro outro como que perguntando o que estava acontecendo naqueles instantes decisivos de suas vidas.
O próprio José lembra passados 34 anos:
- Eu olhei pros meus colegas. Estavam todos apavorados, ninguém sabia o que estava acontecendo.

Ele foi descrevendo para o auditório que o ouvia naquele sábado (08/7/2006) o que foram os segundos seguintes que se transformaram num inferno.
- Houve uma explosão!

O avião chocou-se contra a montanha.
E segundos depois fez-se um silêncio sepulcral.
Entra ar no avião. E a neve também vai entrando pelo avião junto com o ar.
Depois fica tudo azul, o céu está completamente azul. Segundos depois o avião pára de rolar. Poltronas se desprendem da aeronave e " voam" em direção à cabine.
Faz-se segundo relata José um silêncio sepulcral.

Depois os que não morreram na queda , começam a ver cenas "dantescas":
Ferros retorcidos, gritos, choro, gritos de dor, pedaços de corpos, e cor de sangue por todo lado. A mente dos sobreviventes tem poucos segundos pra se adaptar à nova realidade.
Primeiro não quer crer!
- Caí aqui? Por que aqui?

As primeiras reações são de querer desaparecer, ou querer ajudar os feridos.
José tinha então 24 anos. Álvaro, seu colega que está aqui agora neste auditório, quebrou a perna na queda.
Pelos cálculos deles a queda ocorreu em torno de 15h30min. Em outubro, naquele dia 13 (por azar uma sexta-feira) na Cordilheira dos Andes a noite caiu por volta de 16h30min.
" A noite caiu de golpe. Fica noite rápido" lembra José.

- Foi a noite mais " eterna" da minha vida. Ela não passava nunca. Uma sensação de frio que dó, vou morrer de frio, pensava José.

Os sobreviventes se abraçam pra não morrer de frio. Não podiam parar cinco minutos senão congelavam.
A sensação era que não iria nunca mais amanhecer. Álvaro Mangino, um dos 16 sobreviventes dos Andes, tinha apenas 19 anos quando a tragédia se abateu sobre aquele avião militar, da Força Aérea Uruguaia, um bimotor " Focker 12".

Ele descreve a tragédia:
"Estava sentado na altura da asa do avião". Não recorda do choque do aparelho com a montanha:" percebi que os bancos (do avião) escorreram pra frente", diz.

Álvaro declara que com a queda ficou embaixo de um dos bancos. E relembra em que situação se viram aqueles jovens:
- Estávamos a 4 mil metros de altura, a menos de 15 graus de temperatura, num local agressivo, numa situação difícl, com colegas mortos e outros feridos.
Suas lembranças - narradas junto com José Inciarte, outro sobrevivente em 08/07/2006 num congresso em Bento Gonçalves - dão conta das conseqüências da queda:

" Quebrei uma perna. Um estudante de Medicina me arrumou a perna. Os ossos se juntaram". O estudante de Medicina hoje é um cardiologista.

"Foi um horror. Havia muito medo. Foi a pior noite de minha vida,disse ele. Não passava nunca!"
Segundo ele, dos 45 passageiros, com a queda restaram 29 sobreviventes. " Vinte e quatro deles estavam saudáveis, apenas com escoriações ou ferimentos leves, coisas pequenas como pernas quebradas". Álvaro relata que os sobreviventes menos feridos pensaram logo em organizar-se, mas que havia a idéia de que seriam localizados logo pelos helicópteros que seguramente iriam procurá-los.

Alvaro Mangino diz que na situação começaram a surgir lideranças entre eles.
Durante 72 dias que permaneceram ali perdidos nas geleiras dos Andes iriam sentir frio, sede e suportar temperaturas negativas de até 30 graus.

"A capacidade das pessoas é inacreditável. Sempre se pode mais" conclui ele.

Álvaro relata que os primeiros dias foram dedicados a resolver problemas como o da sede que segundo ele dói mais do que a fome.
Foram descobrir que a neve não servia pra matar a sede porque ela machuca a boca.
Depois de comer neve não se pode engolir mais nada. Diante desta realidade eles concluíram que tinham que "fazer" água de alguma maneira.
Tiveram então que aplicar a criatividade diante da situação. E como um deles tinha um isqueiro derreteram neve e fizeram um litro de água.
O engraçado, lembrou Álvaro, é que nenhum dos sobreviventes queria queimar a nota de dólar que guardava pra fazer fogo e derreter a neve. Mesmo naquela situação todo mundo queria economizar as notas de dólar.

Foi o sobrevivente de nome Adolfo que achou a solução pra fazer água. Botavam neve numa chapa de alumínio e derretia com o sol. Formou-se uma pequena equipe em torno deste objetivo- fazer da neve água - e o lema criou-se na hora" um por todos, todos por um", todos trabalhavam pra todos...

O drama dos Sobreviventes dos Andes prossegue e eles viram que começar era fundamental. Nos destroços do avião acharam um "fiozinho"e através dele puderam sintonizar uma rádio de Montevideo, de onde tinham vindo.
Ao conseguirem sintonizar as rádios de sua capital, se inteiraram de que as buscas deles haviam sido canceladas.

A sua situação era esta: estavam a dois mil quilômetros de casa, no meio dos destroços do avião, na neve, sem comida e seguramente alguns já estavam pensando que fatalmente iriam fazer aquilo que depois escandalizou o mundo, comer a carne dos colegas que haviam morrido na tragédia.

Os sobreviventes não tinham consciência de onde estavam.
Pensaram até o fim que tivessem caído do lado chileno da Cordilheira quando na verdade estavam em território argentino.
Após dez dias da tragédia haver ocorrido, eles não mais observaram helicópteros a sua procura como ocorrera nas primeiras 72 horas. E alguns deles começaram a raciocinar:" ou nós vamos partir em busca de socorro ou vamos morrer fatalmente todos".

Nos primeiros 5, ou 6 dias, comeram chocolates - que levaram porque no Chile havia poucos provimentos - mas depois a comida começou a escassear e finalmente terminou.

José Inciarte, o mais velho dos dois sobreviventes lembra que o choque do avião com a montanha deve ter se dado quando a velocidade estava a cerca de 400 km/hora. Mesmo assim, dos 45 passageiros, 29 ficaram vivos. Destes 24 totalmente inteiros e cinco com pequenas lesões.

No começo da primavera na Cordilheira dos Andes - outubro - o sol,ainda tímido, conseguiu produzir um litro de água que eles tiraram da neve. José Inciarte vai relatou que não havia a quem recorrer.
Durante o dia , conta ele, só se avistava um condor que voava alto.

E José vai preparando a atenta platéia que o escuta segurando a respiração para a descrição - que ele faz quase de forma religiosa - de como chegaram a conclusão de que fatalmente comeriam os colegas mortos.
Não se viam mais helicópteros a sua procura , apenas condores que passavam sobre suas cabeças.

À noite para fugir do frio sempre negativo, se escondiam dentro da fuselagem do avião. Começaram então a ficar sem alimentos, sem os chocolates, sem os licores. Começaram a olhar para os corpos dos mortos, conta José...

Faz-se um silêncio sepulcral enquanto José Inciarte começa a descrever para a platéia a decisão de comer os colegas mortos.

"Se não comer meus colegas, eu morro dentro do avião" raciocinavam os sobreviventes. Contra ou a favor?
Tem que tomar uma decisão mas a mão não obedece, relata José.

Quando a mão começa a obedecer, é a boca que não se abre...
É a força do preconceito, do tabu... diz ele.

Depois de ter comido carne humana, José diz que virou uma pessoa religiosa.
" Hoje eu vivo em você" raciocina ele, a respeito da carne do colega que foi comida pelos sobreviventes para poderem se manter vivos...É o amor maior que pode existir. Não existe maior ato de grandeza, de comunhão, diz José Inciarte.

No local a temperatura alcançava os 30 graus negativos. Entre eles o assunto comer carne humana seria um assunto do qual não se falaria mais.
A situação era esta: dados por mortos, no meio das montanhas ninguém mais iria procurá-los.
O outro colega que falou no evento - Álvaro Mangino - disse que ter comido carne humana foi uma " grande humilhação", mas justificou dizendo que sentiam " grande vontade de viver".

Eles saíam assustados do avião que lhe servia de abrigo. Cada dia era uma luta. Todos rezavam no avião. Havia riso,alegria,contavam piadas, dormiam durante 10 minutos pra não congelar devido ao frio muito intenso. Só havia uma mulher entre os sobreviventes. Ela tinha 35 anos e quatro filhos.
" Ela foi uma mãe para nós" diz Álvaro Mangino,agradecido.

A Avalanche

Uma das piores coisas que aconteceu aos sobreviventes dos Andes foi uma avalanche(de neve) ocorrida,segundo José Inciarte, no dia 29 de outubro de 1972, 13 dias depois que eles estavam perdidos nas neves dos Andes.

Deixemos que Álvaro Mangino conte:
" O pessoal delirava. Falava em comida. Ficavam todos babando...uns diziam que queriam voltar ao Uruguai. O que cada um fazia era pensando na família..."
O dia da avalanche era um dia encoberto e havia muita depressão dentro do avião. Os feridos estavam em macas penduradas. " Senti tudo tremer. Entrou uma avalanche de neve. Os amigos estavam soterrados."

José Inciarte acha que neste dia " viu a morte". Desejou que ela o tirasse daquele sofrimento. " Tínhamos que buscar um sentido pra aquilo tudo. Seria um tremor de terra? Entraram toneladas de neve no avião. Ele sentiu uma grande angústia e depois diz que entrou num estado que classifica como de "paz". Me senti feliz, achei que ia encontrar com meu pai que é falecido". Ele acha que neste momento " quase se entregou e que viu a cara da morte", mas reagiu pensando que se existe vida tem que lutar por ela, tem que dar-lhe um sentido. A conseqüência da avalanche de neve sobre o ânimo dos sobreviventes foi aterradora." Os dedos sangravam" conta José Inciarte, alguns morreram de gangrena.
- Nesta situação a morte não é castigo,diz ele.

Os sobreviventes ficaram deprimidos e a depressão é contagiosa, relata ele. Eles ficaram 3 dias e 3 noites nesta situação.Como decorrência da avalanche morreram sete homens e uma mulher.
No terceiro dia depois da catástrofe, não fazia muito frio e eles saíram do avião por um buraco. Encontraram a paisagem toda branca.
" Nós parecíamos uns animais" relata José Inciarte. Neste exato momento, os sobreviventes dão-se conta que precisavam buscar socorro.

O Resgate

O resgate dos Sobreviventes dos Andes foi possível graças ao " arrieiro" (condutor de mulas) Sérgio Catalan Martinez. ( Depois ele viajou junto com os 16 sobreviventes até Montevideu). Álvaro Mangino conta que a decisão de sair à procura de socorro levou 3 dias pra ser tomada.Ela envolveu a organização, a determinação, a base, e ainda se sairia para Oeste(direção chilena) ou Este.

No dia 11 de dezembro morreu o último sobrevivente (antes do resgate). O mecânico do avião estava vivo, os pilotos mortos e muitos estavam com gangrena. Na cauda do avião descobriram uma mala cheia de cigarros que estavam sendo levados pro Chile porque lá havia escassez de tudo.

José Inciarte também pegou gangrena depois de ficar 3 dias e 3 noite na neve. Finalmente, no dia 11 de dezembro de 1972 partiram alguns sosbreviventes(dois) em busca de socorro. Sabiam depois de vários dias que os dois que partiram em busca de socorro - Roberto Unta e Fernando Dogay - encontraram o arrieiro. Do outro lado de um rio ele recebeu um papel com a seguinte mensagem:

- Venho de um avião que caiu na montanha. Somos uruguaios. Há dias que caminhamos.
No avião ficaram 14 pessoas feridas. Temos que sair rapidamente porque não temos o que comer e não podemos caminhar.

Depois de alguns dias de caminhada um dos sobreviventes retorna. José conta que estes dias que os colegas estiveram fora foram os mais angustiantes.
Muitos dos sobreviventes já não queriam viver.
Pelo rádio escutavam Montevideu e ouviam os jingles comemorando a chegada do Natal.
E eles ali perdidos.
Quando ficaram sabendo que haviam sido localizados começaram a se arrumar para serem resgatados.
As 12h45min ouviram pela primeira vez os roncos dos helicópteros que eles esperavam desde as 7 horas da manhã.

"Havíamos conhecido Deus nos homens" diz José. O som dos helicópteros lhes parecia um som terrível e muitos estavam traumatizados de que estes mesmos helicópteros passassem ali e não os visse.

Mas quando viram as jaquetas vermelhas dos soldados entenderam que estavam sendo salvos. A conclusão de José é que o ser humano "sempre pode mais". Eles foram resgatados na manhã do dia 22 de dezembro de 1972, uma sexta.No final deste relato feito em 08/07/2006, em Bento Gonçalves, lhes perguntaram duas coisas:
Primeiro se andam de avião. Disseram que sim e até riram da pergunta.
Outra pergunta foi se a tragédia lhes havia mandado algum aviso antes. Aí ficaram mais sérios.
Álvaro Mangino, um dos dois, apenas contou esta historinha:" quando haviam descido em Mendoza, na Argentina, por causa do mau tempo,no dia seguinte foram ao aeroporto e José Inciarte levou junto uma namoradinha que havia arrumado ali. Ela foi até o local do embarque. A namoradinha argentina ficou séria na hora da despedida e profetizou:
" Este avion se vá a caer..."

Da tragédia cabe lembrar:

1) Na queda morreram 8 pessoas;
2) 21 pessoas morreram durante o período que ficaram perdidos
3) 16 sobreviveram.

Os sobreviventes tiveram que explicar muito em Montevideu porque comeram carne humana dos colegas, e por isto muita gente os via como bandidos.

Há um filme sobre este assunto e vários livros relatam o caso.

Veja algumas fotos da época:









Outras curiosidades : Curiosidades

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Os Fantasmas do Vôo 401

Depois dos fantasmas da Casa Branca, uma das mais populares histórias de fantasmas dos últimos tempos é o conhecido caso dos Fantasmas do vôo 401.

Bob Loft era comandante do vôo 401 da Eastern Airlines no dia em que decolou de Nova York para Miami, na sexta-feira, 29 de dezembro de 1972.



Na época foi o maior acidente aéreo já ocorrido até aquele momento nos Estados Unidos.
Esse acidente ocorreu por uma distração dos tripulantes.
Tudo começou quando, na aproximação para o Aeroporto de Miami (KMIA/MIA), ao tentarem baixar o trem de pouso, havia a indicação no painel que o trem dianteiro não havia baixado.

O Engenheiro de vôo Don Repo e o Comandante Loft, foram checar através de um periscópio, instalado abaixo da cabine de comando, projetado exatamente para aquilo, porém, ao sair de seu assento, Loft não notou que deslocara a coluna do manche para a frente, o suficiente para desconectar o piloto automático. Com a noite escura, fase de lua nova, não era possível distinguir céu, horizonte, e terra.
Como Loft empurrara a coluna acidentalmente, o L-1011, tinha a tendência de embicar-se para abaixo da linha do horizonte, sem que seus tripulantes percebessem. Ao retornar a seu assento, Loft notou que seu Altímetro marcava 100 pés, e perguntou para seu primeiro oficial:

Stockstill: —Nós fizemos algo errado com a altitude
Loft: —O quê?
Stockstill: —Nós ainda estamos a 2000 (pés), certo?
Loft: —Hey - O que está acontecendo aqui?


As 23:42:08, o L-1011 entrou voando a 400Km/h no lago, se desintegrando instantâneamente, e matando 101 pessoas, inclusive Loft e Dan Repo, o engenheiro de bordo. A investigação concluiu que a causa do acidente foi uma combinação de falha de equipamento e erro humano.



Terminado o inquérito, peças e componentes do aparelho sinistrado foram recolhidos para serem usados em outros aviões da Eastern.

Pouco depois, começaram os boatos: pilotos e tripulantes em vários vôos da Eastern declararam ter visto os fantasmas de Loft e de Dan Repo, que apareciam com mais freqüência a bordo do avião número 318. Nos primeiros incidentes, algumas aeromoças acharam que a cozinha inferior, onde a comida era preparada, estava anormalmente fria. Outras sentiram que havia alguém ali com elas, quando estavam sozinhas.



Um dia, um engenheiro de bordo chegou para fazer sua inspeção pré-vôo e viu um homem vestido com o uniforme da Eastern.
Ele imediatamente reconheceu seu velho amigo, Dan Repo, que chegou a dizer que o engenheiro não precisava se preocupar com a inspeção porque ele já tomara todas as providências.
Em um outro vôo, o fantasma do comandante Loft foi visto por um piloto e duas aeromoças.
Ocasionalmente, Dan Repo ou aeromoças não identificadas eram vistos pelo painel de vidro do elevador da cozinha inferior - e então desapareciam antes da abertura da porta.

A tripulação do vôo 401, a bordo do vôo 26, em Miami, no dia anterior ao acidente. Atrás: Pat Ghyssels, Trudy Smith, Adrianne Hamilton, Mercy Ruiz. Na frente: Sue Tebbs, Dottie Warnock, Beverly Raposa, Stephanie Stanich. Na parte de cima, deitada: Patty George. Não aparece: Sharon Transue (ela tirou a foto).



Uma investigação informal sobres essas histórias foi dificultada tanto pela recusa dos empregados em falar sobre o assunto quanto por uma série de anotações desaparecidas do avião. Mas os investigadores finalmente descobriram um fato intrigante: muitas peças recuperadas do vôo 401 foram posteriormente usadas no avião número 318.
Muitos dos relatos vêm de pessoas com posições altamente responsáveis; pilotos, oficiais de vôo e até mesmo o vice-presidente da Eastern Airlines, que supostamente falou com o capitão deduzindo que ele era o encarregado do vôo, antes de reconhecê-lo como o falecido Loft.
Descobriu-se que quando os restos do Vôo 401 foram recuperados, alguns dos componentes que ainda funcionavam foram transferidos para outros aviões.
Ele concluiu que esta foi a causa das visões de fantasmas em 30 aviões diferentes.

A série Supernatural, da Warner, citou o vôo 401 no episódio 4 da primeira temporada.
Na história do episódio, um demônio causava acidentes aéreos. Tentando solucionar o caso, o personagem de Jared Padalecki, Sam Winchester, conta para o irmão Dean Winchester, interpretado por Jensen Ackles, a história do Vôo 401 da Eastern Air Lines.

Veja também : Histórias Sobrenaturais